Estudo indica reduzir pela metade o tempo de quimioterapia para pacientes em tratamento de câncer colorretal

Estudo indica reduzir pela metade o tempo de quimioterapia para pacientes em tratamento de câncer colorretal

Além de apresentar à comunidade científica novas drogas para combater com mais assertividade diferentes tipos de tumores, o Encontro Anual do ASCO também é responsável por revelar mudanças que alteram a prática clínica. Um exemplo disso foi a rediscussão de dados do estudo IDEA, que recomendou a redução pela metade no tempo de tratamento quimioterápico preventivo para pacientes com diagnóstico de câncer colorretal (estádio III) de baixo risco.

De acordo com a Dra. Aline Andrade, do Grupo Oncoclínicas em Belo Horizonte, até pouco tempo atrás o período considerado padrão para a aplicação de quimioterapia em pessoas operadas era de seis meses. “Isso deixava uma toxicidade significativa nos pacientes que implicava na qualidade de vida, gerando a chamada reuropatia, caracterizada por dor e dificuldades para a andar. Agora já há respaldo para que o tempo de tratamento seja reduzido para três meses no subgrupo de pacientes com risco baixo (T3 N1)”, comenta.

Segundo ela, outra novidade apresentada é a sugestão para realização de um controle menos intensivo desses pacientes, o que significa realizar menos exames de imagens em pacientes assintomáticos. “A indicação é valorizar mais a consulta clínica, exames de sangue e os sintomas relatados pela pessoa e solicitar em casos selecionados nesse contexto”, comenta a Dra. Aline.

Para a oncologista, muitas vezes os pacientes esperam que os médicos voltem de um congresso como o ASCO com novidades relacionadas a novos medicamentos para combater a doença. “No entanto, o que levamos de volta na bagagem nem sempre são tratamentos revolucionários, mas novas lições que mudam a nossa prática clínica. Às vezes, fazer menos significa fazer mais, onde a boa prática visa não somente uma medicina baseada em evidências como a colaboração para um sistema de saúde sustentável”, acredita a Dra. Aline.

Sedentarismo e má alimentação

A ingestão de alimentos pobres em fibras e vitaminas e o sedentarismo também podem aumentar as chances do aparecimento da doença: falta de exercícios físicos, ingestão excessiva de carne vermelha, comida processada e ingestão de alimentos pobres em vitaminas e fibras, fatores estes que também contribuem para o sobrepeso e obesidade – uma epidemia global que atinge 1,9 bilhões de pessoas globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro fator de risco para o surgimento do câncer é a obesidade, perdendo apenas para o tabagismo. Por isso, o incentivo à prática constante de exercícios físicos, dieta equilibrada que favoreça uma boa flora intestinal (a chamada microbiota), consumo moderado de bebidas alcoólicas e outras medidas simples como evitar o uso do tabaco, surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados do câncer, mas como uma maneira de promoção à qualidade de vida e bem-estar geral. Essas medidas contribuem também para a potencialização do processo de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença e outras condições como diabetes e hipertensão.

“Essas medidas têm respaldo científicos de longa data, onde se confirmou o impacto em melhores resultados, colocando o paciente como participante ativo do processo de combate à doença”, explica a Dra. Aline.

Confira no vídeo mais informações:

https://youtu.be/vYhXcVhecNw

Para saber mais novidades do ASCO 2019, acompanhe a cobertura completa pelo nosso site e nas redes sociais do Grupo Oncoclínicas. De maneira simples e descomplicada, os nosso médicos levam até você tudo que de principal está sendo debatido no maior encontro de oncologia do mundo.

This site is registered on wpml.org as a development site.