Câncer: tecnologias inovadoras e equidade de acesso foram destaques de congresso internacional em São Paulo

Com o tema “Oncologia do Futuro: as Fronteiras da Inovação e a Revolução do Cuidado”, evento aconteceu entre os dias 14 e 16 de setembro, com transmissão virtual ao vivo; Painéis sobre diferentes tipos de tumores, genômica, inteligência artificial, cuidado multidisciplinar, assistência inclusiva e sustentabilidade do setor atraíram mais de 5 mil especialistas de todo o Brasil

Tecnologias de inteligência artificial, oncologia de precisão, ampliação da diversidade e acessibilidade aos tratamentos e cuidados multidisciplinares no combate ao câncer. Esses foram alguns dos principais temas e destaques da 11ª edição do Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber, que aconteceu entre os dias 14 e 16 de setembro em formato presencial no WTC Events Center São Paulo e teve transmissão virtual ao vivo. O tema de 2023 foi “Oncologia do Futuro: as Fronteiras da Inovação e a Revolução do Cuidado”.

Segundo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co., os principais e mais promissores avanços que foram apresentados durante os três dias de evento estão no âmbito da genômica, que tem demonstrado resultados promissores no contexto da chamada Oncologia de Precisão.

“Isso significa que estamos avançando em direção a tratamentos cada vez mais personalizados, permitindo estabelecer as terapias mais adequadas no momento certo para o paciente certo. Essas são estratégias importantes que a comunidade médica, em todo o mundo, vem destacando como essencial para continuar a fazer progressos nas terapias contra o câncer e, consequentemente, melhorar os desfechos para os nossos pacientes, assegurar qualidade aos médicos e proporcionar eficiência máxima aos nossos parceiros”, afirma.

Neste sentido, as discussões estiveram centradas nas pesquisas e aplicações de estratégias para melhora da detecção precisa da doença e terapias avançadas para o cuidado personalizado de cada paciente, entre os quais a imunoterapia, o Car-T Cell e outras terapias celulares.

“As pesquisas em Oncologia, no mundo e no Brasil, vêm caminhando com o foco cada vez mais individualizado: são terapias direcionadas para cada tipo de tumor e suas mutações específicas, de forma personalizada. Conforme avançamos no conhecimento genômico, podemos adotar estratégias terapêuticas que vão muito além da quimioterapia. Diante desse cenário, compartilhar conhecimento e promover a troca de experiências entre diferentes profissionais envolvidos na linha de cuidado oncológico é primordial para que possamos assegurar as melhores alternativas aos pacientes”, sintetiza Carlos Gil Ferreira, diretor Médico da Oncoclínicas&Co. e presidente do Instituto Oncoclínicas.

Novos horizontes e desafios no combate ao câncer
Com uma audiência total de cerca de cinco mil especialistas ao longo dos três dias de programação e mais de 300 palestrantes, entre convidados nacionais e internacionais, o congresso contou com 16 módulos nas temáticas de ginecologia, pulmão, mama, urologia, hematologia, gastrointestinal, medicina de precisão, sarcoma, pele, cabeça e pescoço, sistema nervoso central, multidisciplinar, cuidados paliativos, neuroendocrinos, onco-hemato-pediatria e radioterapia.

Max Senna Mano, oncologista da Oncoclínicas e coordenador desta edição do Congresso, lembra que uma das perspectivas que impactam no futuro dos tratamentos oncológicos é o olhar global para o paciente, pensando em seu contexto genético, socioeconômico, familiar e de qualidade de vida.

“A ideia, como de todo o congresso, é não só apresentar inovações – que são fundamentais e centrais, mas abrir espaço para discussões, debates e intercâmbio de conhecimentos em diferentes áreas da oncologia – e não apenas das doenças em si. Isso acaba entrando na acessibilidade aos tratamentos e inovações, assuntos que também pautaram a programação deste ano. Reunimos esforços exatamente nesse sentido, sempre tendo o paciente no centro de todos os módulos do congresso”, pontua.

A seguir, confira os principais temas da edição 2023 do Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber:

  • Oncologia de precisão representa “nova era” no combate ao câncer
    As inovações conquistadas a partir da avaliação precisa dos tumores em laboratório tornaram possível não apenas oferecer novas terapias alvo, mas também obter um entendimento molecular profundo para saber como cada tipo de câncer se comporta. Desta forma, no presente já é possível elaborar estratégias terapêuticas mais assertivas, o que tem aumentando a sobrevida e qualidade de vida de diversos pacientes.

    “Além das inovações em tratamentos e drogas, esses avanços no conhecimento aprofundado dos mecanismos da doença se refletem também em diagnósticos mais precisos e em estágios cada vez mais precoces. Fundamentalmente, possibilitam estratégias voltadas à individualização das linhas de cuidado, que podem fazer com que o câncer se aproxime cada vez mais de se tornar uma doença considerada crônica, com benefícios efetivos à qualidade de vida de pessoas com diagnóstico da doença”, explica Mariano Zalis, diretor de genômica da Oncoclínicas&Co.

    Já há avanços importantes em casos de leucemias, pulmão, mama e trato digestivo. A terapia-alvo e a imunoterapia são apontadas pelo especialista como algumas das técnicas que permitem esses avanços no tratamento dos tumores.

    “Na terapia-alvo, por exemplo, temos um número maior de alterações genéticas identificadas e mais alternativas de medicamentos. São mais de 50 biomarcadores de câncer e quase 100 fármacos desenvolvidos a partir da genômica. Também contamos com fármacos mais potentes e mais específicos para os mesmos alvos”, complementa.

  • Inteligência Artificial
    O assunto do momento é a Inteligência Artificial (IA) que, muito além de hologramas, games e redes sociais, também é utilizada na Medicina, e a Oncologia é uma das áreas que mais tem apresentado inovações, especialmente conectadas com a Genômica e a Medicina de Precisão. “A Genômica é a ciência que estuda a estrutura e a função dos genes, incluindo a identificação de mutações específicas associadas ao câncer. A inteligência artificial (IA), por sua vez, é uma tecnologia de aprendizado de máquina que pode ser usada para processar grandes quantidades de dados e identificar padrões complexos que humanos não seriam capazes de reconhecer”, afirma Rodrigo Dienstmann, diretor médico da Oncoclínicas Precision Medicine, da Oncoclínicas&Co.

    Com isso, as duas ferramentas combinadas fornecem informações mais precisas e personalizadas sobre a doença. Por exemplo: testes genômicos que identificam mutações específicas e detectam a eficácia de determinados tratamentos. A partir da análise do sequenciamento de genes do câncer, algoritmos de IA podem priorizar alterações patogênicas e associá-las a outros dados clínicos, como estágio da condição e exposição a terapias prévias para predizer ajudar o melhor tratamento para cada paciente de forma individualizada.

    “O conhecimento coletivo da Genômica do câncer em diferentes populações ajuda a compreender os mecanismos específicos da doença de um paciente, identificando as alterações responsáveis pela progressão do tumor que o tornam resistente ao tratamento. O objetivo é identificar as alterações genômicas mais relevantes para o tumor e que podem ser bloqueados com terapias alvo molecular ou imunoterapias”, enfatiza Dienstmann.

  • Car-T Cell: revolução e otimismo para a oncologia
    Dentre todas as técnicas de genômica, as de CAR-T Cell já se tornaram, definitivamente, os grandes destaques, com resultados promissores no tratamento de doenças oncológicas do sangue, tais como mieloma múltiplo, leucemia e linfoma de células B. E o tema, é claro, não poderia ficar de fora dos debates do congresso.

    “São drogas vivas, chamadas de terapia celular, que aprimoram o sistema de defesa do paciente para que ele promova a cura através da destruição das células do câncer. Dentre elas, o CAR-T é uma nova modalidade de tratamento que, pela sua importância, insere-se como um novo pilar na jornada de tratamento do paciente, junto com a imunoterapia, quimioterapia e radioterapia. Nesse caso, no entanto, ela oferece uma resposta mais específica, pois trabalha de forma personalizada, guiada para tratar aquela célula, aquele câncer, aquela mutação, e não apenas de uma maneira geral, em todo o corpo”, analisa Renato Cunha, hematologista e líder do Programa de Terapias Gênicas da Oncoclínicas.

    De forma resumida, a terapia CAR-T utiliza as atividades de células T, que estão no sistema imunológico e defendem o corpo de doenças e demais corpos estranhos ou contaminados com vírus, por exemplo. O princípio do novo tratamento é manipular essas células para que elas possam combater também os agentes cancerígenas. Ela vem se mostrando promissora para casos avançados, em que os recursos para tratamento se mostravam pouco efetivos para frear a progressão da doença.

  • Tratamento para mama: futuro é individualização
    A genética também vem revolucionando o combate ao câncer de mama, afirma Aline Gonçalves, oncologista da Oncoclínicas e coordenadora do módulo de mama do Congresso. Além deste tema, durante o evento também foram debatidos diversos estudos e estratégias sobre a importância de fazer o acompanhamento de toda a jornada dos pacientes de forma cada vez mais precisa e individualizada. Essa abordagem é considerada, hoje, a melhor estratégia no combate à doença e também na melhoria da qualidade de vida durante e após o tratamento.

    “Hoje há formas para identificação das alterações genéticas das células cancerígenas, sejam elas hereditárias ou não. Esses avanços no conhecimento aprofundado dos mecanismos do câncer de mama se refletem não só em diagnósticos mais precisos e em estágios cada vez mais precoces, mas também possibilitam estratégias voltadas à individualização das linhas de cuidado. O câncer de mama, de fato, começa a mergulhar na era genômica, ou seja, de tratamentos direcionados por biomarcadores”, enfatiza a médica.

    O câncer de mama figura entre as mais incidentes no Brasil, atingindo 10,5% das pessoas diagnosticadas com tumores malignos. Para este ano o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que dos 704 mil novos casos de câncer esperados para este ano, destes, 74 mil são de mama, o que o torna líder do ranking dos que mais afetam a população feminina.

  • Imunoterapia mostra eficácia para câncer de pulmão em estágios iniciais
    Um tratamento que já vinha mostrando sucesso em pacientes oncológicos com metástase no pulmão agora disponível também para casos em estágios iniciais. Essa foi uma das principais inovações para este tipo de câncer – o que mais mata em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) – debatidas durante o congresso.

    A alternativa terapêutica em questão mostrou resultados animadores a partir de estudos previamente apresentados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em junho deste ano, e destacou o papel da análise genômica como ferramenta essencial para ampliação das opções de tratamento e aumento das chances de cura em casos de câncer de pulmão localizados.

    “Pesquisas que receberam destaque na Asco 2023 mostram cenários importantes no combate à doença. São análises baseadas em técnicas de imunoterapia e terapia alvo que já eram muito usadas no tratamento, mas apenas para pacientes com doença avançada, uma situação na qual as chances de cura são muito pequenas ou inexistentes. Agora temos dados que comprovam que é possível aplicar essas alternativas avançadas de tratamento para aqueles que estão em estágios iniciais, o que aumenta exponencialmente a possibilidade de cura”, explica William Nassib William Jr, líder da especialidade de tumores torácicos da Oncoclínicas.

  • Estudo inédito revela impacto dos exercícios físicos
    Pesquisas brasileiras inéditas lideradas pelo corpo clínico da Oncoclínicas também foram apresentadas no Congresso. Entre elas, uma análise conduzida pelo oncologista do Paulo Bergerot mostrou o reflexo positivo do exercício físico em pacientes com câncer em tratamento com imunoterapia.

    “Estudos recentes já vêm demonstrando que a realização de exercícios deve ser estimulada não apenas como método eficaz de prevenção ao câncer na população em geral, mas especialmente ao paciente após o diagnóstico de câncer, seja na fase do tratamento ou depois dele. Ressalta-se ainda que há um grande potencial de expansão deste método de atenção ao paciente. Os resultados deste primeiro estudo mostram que esta é uma estratégia promissora e de baixo custo e, portanto, com potencial de ser implementado em serviços públicos para pacientes com câncer menos favorecidas economicamente”, destacou o médico.

    Os pacientes iniciaram um programa de atividades físicas remoto e supervisionado de 12 semanas que incluiu exercícios de resistência e aeróbicos, realizados por 3 a 5 horas semanais (4 a 6 dias por semana). As atividades físicas foram orientadas e supervisionadas pelo preparador físico Jonas Ribeiro. Considerando a característica remota do estudo, foi utilizado as plataformas WhatsApp para contato direto com os pacientes e Vedius para prescrição dos exercícios. Os pacientes foram acompanhados também por uma equipe médica e psicológica no início e ao final do estudo.

    Os participantes tinham idade mediana de 59 anos e eram predominantemente do sexo feminino. A maioria dos pacientes analisados foi diagnosticada com câncer de mama (24,4%) e câncer renal (22,0%).

  • Tumores infanto-juvenis no mês dedicado ao tema
    Setembro não foi apenas o mês do congresso, mas também é a época do ano de conscientização sobre os tumores que atingem crianças e adolescentes. E o tema também foi debatido durante o evento. Considerada a primeira causa de morte por doença em crianças (8% do total) e a segunda causa de óbito em geral, o câncer infantojuvenil responde por 7.930 novos diagnósticos a cada ano, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio 2023-2025. Apesar do alto número de casos, as taxas de cura podem chegar a 80% dos casos quando a detecção ocorre ainda nos estágios iniciais da doença e a criança recebe o tratamento em centros especializados.

    Sidnei Epelman, líder da especialidade de Oncopediatria da Oncoclínicas, comenta que nas últimas décadas o tratamento e as técnicas de diagnóstico evoluíram muito, pautados também pelo maior conhecimento dos mecanismos genéticos que levam ao surgimento da doença. E isso vem mudando o cenário de tratamento, com a adição de novas alternativas terapêuticas que trazem impactos positivos na qualidade de vida desses jovens pacientes oncológicos.

    “Quando falamos de câncer infantil, estamos nos referindo a um número grande de doenças, que são muito diferentes entre si. Até meados dos anos 1970, crianças e adolescentes com neoplasias recebiam o mesmo tratamento que os adultos, apesar de possuírem características biológicas e orgânicas bem distintas. Hoje, o cenário é bem diferente, com linhas de cuidado específicas para essa parcela dos pacientes, o que garante mais sucesso nos resultados”, aponta o especialista.

  • Multidisciplinaridade é palavra de ordem
    A apresentação de casos clínicos para diversos tipos de câncer, como de mama e pulmão, e painéis com as visões multidisciplinares de especialistas permearam os debates ao longo de todo o evento. Sobrevivência do câncer, robótica, nutrição e cuidados paliativos, da mesma forma, estiveram presentes nas temáticas de diferentes salas, em mesas de discussões que ampliaram a visão sobre a jornada de cuidado oncológico e caminhos para a assistência inclusiva.

    Neste sentido, além do diagnóstico e tratamento médico, é preciso foco na interconexão de diversos fatores que desempenham papéis fundamentais ao longo da jornada do paciente.

    Cristiane Bergerot, líder Nacional da Equipe Multidisciplinar da Oncoclínicas, destaca a crescente relevância dessas temáticas na oncologia, que foram amplamente abordadas no evento. “Esses fatores abrangem não apenas os sintomas emocionais, físicos e funcionais, mas também as dimensões social e familiar, bem como os desafios financeiros enfrentados pelo paciente e as sequelas do tratamento, como por exemplo, a fertilidade. Esses e outros temas foram aprofundados durante esse congresso, reforçando nossa missão de ir além da simples gestão da doença”, resume a especialista.

  • Diversidade em pauta
    Embora haja constantes avanços em inovação, tratamento e pesquisas na oncologia, é preciso abordar aspectos que vão além do diagnóstico e dados estatísticos de incidência, com olhar para as diversas questões que também geram impactos no controle da doença e na qualidade de vida da pessoa com câncer. Por isso, entre os assuntos que fizeram parte da programação da sala multidisciplinar do Congresso, uma mesa redonda abordou as disparidades de acesso ao diagnóstico e linhas de cuidado.

    Segundo Abna Vieira, oncologista da Oncoclínicas e Líder do Programa Multidisciplinar na área de Diversidade do Congresso, os tratamentos mais avançados ainda são feitos e acessados por poucos: a baixa presença de grupos minorizados raciais e de gênero, no acesso e também na linha de frente, são preocupações. E há um debate na academia, inclusive, sobre a participação racial desigual em amostras que são usadas em laboratórios.

    “A gente observa uma prevalência de pessoas brancas e de origem europeia nas pesquisas científicas. Isso segrega a busca por inovações e soluções, deixando fora as particularidades de algumas populações, que terão acesso a drogas, por exemplo, menos eficazes”, diz.

    A atenção à promoção de linhas de cuidado voltadas para a população LGBTQIAPN+ também esteve na agenda de discussão. “Focar em como podemos melhorar essa situação e abordar a diversidade de aspectos que vão além do diagnóstico e dados estatísticos de incidência, com olhar de lupa para as diversas questões que também geram impactos no controle da doença e na qualidade de vida da pessoa com câncer, é fundamental”, finaliza Abna Vieira.

  • Espiritualidade como pilar do olhar para integralidade
    O congresso abriu espaço ainda para tratar das conexões com a espiritualidade como pilares que podem proporcionar ao paciente oncológico melhora na qualidade de vida e saúde física. Durante a palestra Espiritualidade na linha de cuidado do paciente oncológico, Clarissa Mathias, oncologista da Oncoclínicas, reforçou que é preciso desenvolver um olhar global para o paciente. “Reconhecer as suas crenças é uma forma de aumentar a conexão com a equipe médica, fortalecer seu emocional e sua resiliência, melhorar a qualidade de vida e aumentar a adesão ao tratamento”, diz.

    “Um dos desafios é inserir a questão da espiritualidade no meio acadêmico e na formação do profissional de saúde”. Quando focamos no paciente como um todo e não unicamente na doença, estamos dando o suporte necessário para que ele se fortaleça internamente e isso faz toda a diferença para a adesão e o sucesso do tratamento”, a médica, que durante o congresso também lançou o livro Encontros Ecumênicos – Amor e gratidão na arte de compartilhar (Editora Doc), do qual é organizadora.

Panorama global do câncer
Atualmente, considerando uma prevalência de 5 anos da doença, a OMS informa que mais de 50 milhões de pessoas estão vivendo com câncer em todo mundo, sendo que 1,5 milhão delas está no Brasil – um número que, conforme as perspectivas do INCA, seguirá crescendo. Nos países mais pobres e em desenvolvimento, a incidência das neoplasias deve ter um crescimento superior a 80%, aponta a entidade internacional.

As projeções indicam uma tendência de elevação dos índices de detecção do câncer, chegando ao patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação ao panorama atual, quando o mundo deve chegar a registrar algo em torno de 28,4 milhões de casos da doença. Isso significa que a cada 5 pessoas, uma terá câncer em alguma fase da vida.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025 – uma soma que resultará em mais de 2 milhões de novos casos da doença ao longo desses 36 meses. Entre os tipos de tumor mais comuns no país, o câncer de pele não melanoma continua na liderança. No recorte por gênero, a neoplasia de mama entre as mulheres e a de próstata nos homens permanecem como pontos de atenção, figurando no topo da lista quando observada essa divisão da população. Na liderança do ranking de incidência no país, aparecem ainda tumores de pulmão e intestino, ambos com fatores de risco ligados a hábitos de vida pouco saudáveis, como dieta rica em gordura e tabagismo.

Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas – maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina – tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.600 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 136 unidades em 35 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas&Co traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando mais de 595 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional.

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