Tipos de câncer

Próstata

O câncer de próstata é o segundo mais comum em homens e atinge, em sua maioria, pessoas acima dos 65 anos. Em geral, crescem de forma lenta. Exames de PSA e toque retal identificam o tumor na fase inicial, aumentando as chances de cura. Saiba mais.
5 min de leitura
por: Rodolfo Teixera
Próstata
O câncer de próstata é o segundo mais comum em homens e geralmente atinge os acima dos 65 anos. Exames de PSA e toque retal o identificam precocemente.

O que é o câncer de próstata

O câncer de próstata é o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata – glândula localizada entre o pênis e a bexiga urinária. É o segundo mais comum em homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Alguns tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos. A maioria, porém, cresce de forma muito lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³), que não chega a dar sinais durante a vida nem a ameaçar a saúde do homem.

Subtipos do câncer de próstata

Quando o paciente recebe o diagnóstico de câncer de próstata, é muito provável que o oncologista se refira ao adenocarcinoma, que responde por 95% dos casos da doença. Este tipo de tumor se desenvolve a partir das células glandulares.

Há outros tipos de câncer de próstata, que se originam em outras células da próstata, mas são muito raros. O carcinoma de pequenas células, por exemplo, não chega a 1% dos casos, mas requer atenção por ser considerado um subtipo mais agressivo da doença.

Há ainda os tumores neuroendócrinos e os carcinomas de células transicionais.

Sintomas e sinais do câncer de próstata

O câncer da próstata, em sua fase inicial, não apresenta sinais e se desenvolve de forma silenciosa. Os sintomas só aparecem quando a maior parte dos tumores se encontra em fase avançada.

Nesta fase da doença, os sintomas mais comuns são:

  • Sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente;
  • Dificuldade de iniciar a passagem da urina ou de interromper o ato de urinar;
  • Necessidade de fazer força para manter o jato de urina;
  • Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos);
  • Dificuldade em conseguir ou manter a ereção;
  • Sangue na urina ou no esperma (são raros);
  • Dor quando ejacula;
  • Dor nos testículos.

Diagnóstico do câncer de próstata

Por ser um tumor que se desenvolve silenciosamente, os exames preventivos são fundamentais para a detecção precoce do câncer de próstata. São dois os exames utilizados: o de sangue e o clínico.

No exame de sangue, é realizada a dosagem do antígeno prostático específico (PSA), uma enzima produzida pelas células da próstata cujo aumento da concentração pode indicar alterações no órgão – além do câncer, é um indicador para outras condições, como prostatite e hipertrofia benigna da próstata. Por isso, a melhor conduta diagnóstica é associar o exame de sangue ao toque retal.

Mesmo sendo indolor, há ainda muito preconceito com o exame do toque retal. Mas ele é essencial para a detecção de problemas na próstata. Por meio do toque retal, o médico consegue palpar a próstata e perceber se há nódulos (caroços) ou tecidos endurecidos, indicador da doença em estágio inicial.

Quando há suspeita de câncer de próstata, entram em cena outros exames que confirmam não apenas a doença, mas também o estágio em que se encontra. São eles:

  • Biópsia – a retirada de amostras de tecido da glândula para análise é feita com auxílio da ultrassonografia. Pode haver desconforto e presença de sangue na urina ou no sêmen nos dias seguintes ao procedimento. A biópsia é o único exame que confirma se o tumor é maligno;
  • Exames de imagem – podem ser solicitados tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea com objetivo de avaliar a extensão do problema e verificar se há a presença de células cancerígenas em outros órgãos ou ossos.

Tratamento

As alternativas terapêuticas para o enfrentamento do câncer de próstata dependem do estágio da doença. A conduta a ser definida pelo médico é sempre individualizada.

No geral, para doença localizada, que só atingiu a próstata, o esquema padrão é cirurgia e/ou radioterapia.

Para doença localmente avançada, o protocolo de tratamento pode incluir radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal.

Em casos de doença metastática, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.

Prevenção

Não há uma orientação específica para a prevenção do câncer de próstata. Além da realização dos exames preventivos para a detecção precoce do tumor, as demais orientações são comuns a boa parte dos tumores cancerígenos. Elas se referem a:

  • Obesidade – o excesso de peso corporal, que eleva os riscos de desenvolver vários cânceres, também está associado ao maior risco de tumores na próstata;
  • Dieta – não há uma relação direta entre a alimentação e o câncer de próstata, mas há indícios de que o excesso de consumo calórico e a ingestão de carne vermelha e gorduras, assim como cigarro e bebidas alcoólicas, elevam o risco de desenvolver a doença. Por outro lado, o consumo de frutas, vegetais ricos em carotenoides (como o tomate e a cenoura) e leguminosas (como feijões, ervilhas e soja) tem sido associado a um efeito protetor;
  • Idade – o câncer de próstata é raro em homens com menos de 40 anos, mas o risco de ter câncer de próstata aumenta rapidamente após os 50 anos. Aproximadamente 6 em cada 10 casos de câncer de próstata são encontrados em homens com mais de 65 anos;
  • Etnia – o câncer de próstata se desenvolve com mais frequência em homens afro-americanos e em homens caribenhos de ascendência africana do que em homens de outras etnias. E quando se desenvolve nesses homens, eles tendem a ser mais jovens. As razões para essas diferenças étnicas não são claras;
  • Genética: caso haja outros fatores de risco, como hereditariedade, a doença pode aparecer em homens mais jovens. Os principais critério para definir se há um risco maior associado à hereditariedade são: três ou mais parentes de primeiro grau afetados ou dois parentes de primeiro grau diagnosticados antes dos 55 anos de idade ou quando ocorrer em três gerações consecutivas (avô, pai e filho).

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