Vacinação de crianças e jovens contra o HPV é essencial no combate ao câncer de colo de útero

7º Simpósio Internacional Oncoclínicas trouxe tema como parte da programação da sala de tumores ginecológicos
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), atinge 16 mil mulheres no Brasil por ano – sendo o terceiro mais incidente entre as brasileiras. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A preocupação acerca dos crescentes índices da doença aumenta quando analisado o principal causador da condição: o contágio pelo chamado papilomavírus humano – conhecido como HPV.
Por isso, a vacinação contra o vírus sexualmente transmissível esteve entre os temas debatidos pelos especialistas durante o 7º Simpósio Internacional Oncoclínicas, realizado nos dias 23 e 24 de agosto.
“Vacinar as meninas e os meninos contra o HPV é uma medida efetiva para prevenção do câncer de colo de útero, que é letal para a maioria das mulheres que o tem”, diz Andreia Melo, oncologista da Oncoclínicas no Rio de Janeiro.
O alerta da médica é justificado por um outro dado preocupante: apesar da vacinação do HPV estar incluída no calendário da saúde do Brasil, estima-se que apenas 48,7% do público feminino de 9 a 14 anos, população-alvo recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi imunizado no país.
A Dra. Andreia lembra ainda que o acompanhamento especializado e os exames periódicos para detecção precoce do tumor também são importantes aliados no combate à doença. “É preciso realizar o exame preventivo – o chamado papanicolau – de maneira regular conforme indicado pelo seu ginecologista. Quanto mais cedo o diagnóstico do câncer de colo de útero, melhor o prognóstico e maior a chance de cura”, finaliza.