A próstata se localiza na parte baixa do abdômen do homem, abaixo da bexiga e à frente do reto.
A próstata produz e armazena parte do líquido seminal, que juntamente com os espermatozoides compõem o sêmen.
O exame de toque causa um leve desconforto, mas leva só cerca de 5 segundos. Com o toque, o médico sente a próstata e consegue analisar anormalidades. É um exame que pode avaliar a saúde do homem e diagnosticar o câncer precocemente.
A próstata é uma pequena glândula localizada entre a bexiga e o pênis e é responsável por produzir um fluido lubrificante e rico em nutrientes para os espermatozoides. Ela fica envolvida por uma cápsula, por onde passam pequenos nervos responsáveis pela ereção peniana. O câncer é uma neoplasia que se desenvolve a partir das células prostáticas. Quando ainda se encontra confinado à glândula, pode requerer tratamento com radioterapia, hormonioterapia ou cirurgia. E o que permite à equipe médica definir a melhor estratégia terapêutica entre essas modalidades são fatores individuais como idade, condições clínicas, nível de PSA, tamanho e grau de agressividade do tumor.
Nos casos em que o tratamento cirúrgico é recomendado não é possível retirar apenas a parte da próstata acometida pelo tumor. É necessário extirpá-la integralmente, dissecando cuidadosamente sua cápsula, numa cirurgia denominada prostatectomia radical. Executar uma prostatectomia requer muita destreza. O objetivo do cirurgião é remover todo o tecido glandular e junto com ele o câncer. Ao mesmo tempo, é preciso preservar parte da cápsula, onde ficam os nervos que participam da ereção que, se danificados, podem perder sua função. Em termos simplificados, é como tirar a poupa de um limão, deixando sua casca íntegra.
Algumas vezes, o procedimento torna-se tecnicamente difícil, seja por características anatômicas do próprio paciente, ou pelo grau de invasão do tumor, que pode estar acometendo a região capsular. Em certos casos, a remoção prostática fica condicionada à lesão dos nervos e o urologista passa a não ter escolha. Invariavelmente, em busca da cura, uma parcela considerável desses pacientes pode tornar-se impotente.
A boa notícia é que, na maioria das vezes, isso não chega a acontecer. É natural que, nos primeiros dias a meses após a cirurgia, a disfunção erétil se manifeste, mas isso se dá por inflamação dos nervos pela manipulação cirúrgica. Entretanto, com o tempo e com ajuda de fisioterapia e medicamentos modernos, os resultados progressivamente melhoram. A tecnologia tem proporcionado avanços tremendos na medicina e as prostatectomias estão cada vez mais seguras. Em mãos experientes, as chances de eventos adversos graves são minimizadas e o paciente consegue, quase sempre, manter uma boa qualidade de vida, mantendo-se sexualmente ativo.
O Antígeno Prostático Específico (PSA) é uma proteína produzida e secretada pelas células prostáticas. Em condições normais, esse valor é baixo no sangue. Entretanto, diante de alterações da próstata, ele pode se elevar para níveis alarmantes. Além do câncer, diversas outras condições benignas promovem aumento do PSA, entre elas: trauma, prostatites (infecções) e, mais comumente, a hiperplasia prostática benigna, que consiste no crescimento natural da glândula com o avançar da idade. Portanto, diferenciar essas situações é praticamente impossível apenas com a dosagem sanguínea do PSA.
Além de uma conversa abrangente com o médico e do exame de PSA, o paciente também deve ser submetido a um exame clínico, que consiste no toque retal. Por meio desses três elementos, o examinador é capaz de compor uma hipótese diagnóstica mais precisa e de recomendar exames adicionais para confirmá-la.
Mesmo diante de uma história clínica compatível, de um PSA elevado e de um toque retal suspeito para câncer de próstata, uma biópsia comprobatória geralmente é necessária. Trata-se de um procedimento relativamente simples, que é feito sob orientação ultrassonográfica. Além de confirmar o diagnóstico, a partir da biópsia ainda consegue-se ter noção do grau de acometimento prostático e das características de agressividade da doença. De posse dessas informações, torna-se possível traçar o planejamento terapêutico ideal para cada indivíduo.
As taxas de câncer de próstata em homens variam sim, de acordo com sua raça e etnia. Nos Estados Unidos, por exemplo, em 2011, homens negros tiveram a maior incidência da doença, seguidos pelos brancos, hispânicos, asiáticos e índios americanos, respectivamente. As razões para essas diferenças são desconhecidas, apesar de estudos recentes sugerirem que algumas mutações genéticas mais presentes nos negros os predisponham a isso. Esse ainda é um território de muitas incertezas e pouco explorado. A justificativa real para essa disparidade demanda estudos adicionais.