Manutenção de cateter é o procedimento realizado para desobstruir o cateter venoso central. Ele visa à prevenção da formação de coágulos de sangue (trombos) que podem se formar no circuito e ir para a corrente sanguínea.
Por que é necessário fazer a manutenção de cateter?
No tratamento do câncer, pode ser necessário administrar medicamentos nas veias dos pacientes com frequência. Para evitar a punção repetida de agulhas, que pode causar lesões e/ou inflamações nas veias, um cateter venoso central (CVC) é utilizado para administrar os medicamentos diretamente na corrente sanguínea.
Mesmo sendo seguros e oferecendo conforto nas aplicações de medicamentos como os quimioterápicos, os cateteres podem ficar obstruídos devido à formação de coágulos ou à precipitação dos fármacos. Por isso a necessidade de manutenção: para manter a permeabilidade do cateter e prevenir complicações decorrentes de associação medicamentosa.
Como e com que frequência é feita?
O Grupo Oncoclínicas realiza a manutenção do cateter venoso central pelas duas maneiras atualmente disponíveis:
- Salinização – trata-se da prática de irrigação sob pressão positiva, com solução salina e em períodos regulares, dos dispositivos vasculares; e
- Heparinização – é a prática de preenchimento da luz do dispositivo com solução heparina (um anticoagulante).
A frequência da manutenção por salinização depende do tipo de cateter:
- Cateter Central de Inserção Periférica, também conhecido como CCIP ou PICC (dispositivo intravenoso longo, inserido em veias periféricas, especialmente as veias basílica e cefálica dos membros superiores) – a manutenção é feita por salinização, sempre após o uso ou a cada sete dias;
- Cateter Central Totalmente Implantando, tipo Port-a-Cath (dispositivo utilizado para administração de medicamentos e coleta de sangue, formado por um reservatório e um cateter feito de silicone, plástico ou titânio) – a manutenção por salinização deve ser feita sempre após o uso, enquanto por heparinização deve ser realizada a cada 90 dias; e
Permcath (cateter de longa permanência implantado em veia central, geralmente a jugular no pescoço ou a subclávia ou a femoral) – usado para a hemodiálise procedimento de filtragem do sangue para pacientes que estão com os rins falhando, sua manutenção é feita por heparinização após cada uso ou a cada 3 dias nos intervalos mais longos em que não estiver sendo usado.