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Tendências de mudança no tratamento da metástase cerebral foi tema de estudo da ESMO 2020
Um estudo apresentado no Congresso Virtual da ESMO desse ano analisou um grupo de 6.001 pacientes diagnosticados com metástase cerebral entre 1986 e 2020. Os dados apontam para algumas tendências de mudança no tratamento, como o aumento do uso terapias sistêmicas e de radiocirurgia. Além disso, eles indicam um aumento da sobrevida ao longo dos anos, assim como uma melhora da qualidade dos prognósticos, que se tornaram mais precisos com o uso de marcadores moleculares. A pesquisa também aponta um aumento da frequência da radiocirurgia estereotáxica. A oncologista Sabrina Cristofaro, que integra a equipe do Centro de Tratamento Oncológico Ipanema, clínica do Grupo Oncoclínicas no Rio de Janeiro, explica que a radiocirurgia envolve o uso de altas doses de radiação de forma localizada sobre a lesão. “Antigamente, fazíamos a radioterapia de whole brain, que incide em todo o crânio. Essa radioterapia era de dose menor, mas com campo muito amplo, o que gerava diminuição da cognição, piora da qualidade de vida, entre outros problemas”, afirma. Isso fez com que se buscassem novas alternativas, o que levou ao desenvolvimento da radiocirurgia.
“Classicamente, a radiocirurgia era indicada a pacientes com até três lesões de até 3 centímetros”, explica Camila Martins Fonseca Galizzi, oncologista do Onconcentro Belo Horizonte, clínica da Oncoclíncias em Minas Gerais. “Hoje, porém, essa decisão é tomada caso a caso, e o fato de ter mais lesões não contraindica, por si só, a realização da radiocirurgia”, afirma.
Leia abaixo, a reportagem completa.