1ª edição

Estudo KEYNOTE-048 traz os desfechos de longo prazo do pembrolizumabe com ou sem quimioterapia em pacientes com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço

por: Rodolfo Teixera
Estudo KEYNOTE-048 traz os desfechos de longo prazo do pembrolizumabe com ou sem quimioterapia em pacientes com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço

O pembrolizumabe é um imunoterápico que tem como alvo uma proteína chamada PD-1, encontrada em células T do sistema imunológico. O PD-1 se liga a uma outra proteína, a PD-L1, existente em certas células do corpo, incluindo algumas do tipo cancerosas. Essa ligação faz com que a célula T não ataque a célula portadora de PD-L1, por isso certas células cancerosas se tornam “invisíveis” aos ataques do sistema imunológico. O que esse medicamento faz é bloquear o PD-1 e, dessa forma, tornar as células cancerosas novamente visíveis ao sistema imunológico, para que ele possa atacá-las livremente.

O seguimento de longo prazo de pacientes com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço recorrente ou metastático confirmou a vantagem do pembrolizumabe, com ou sem quimioterapia, sobre o regime composto por cetuximabe e quimioterapia para pacientes com PD-L1 positivo. Os dados são provenientes do estudo KEYNOTE-048.

Segundo Daniel Oliveira Brito, oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia Ondina, clínica do Grupo Oncoclínicas em Salvador, o tratamento do carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço metastático vinha há cerca de 12 anos sem novidades para o cenário de primeira linha: “A combinação de quimioterapia de platina (doublet de platina) com fluorouracil acrescida de cetuximabe (avaliada pelo estudo clínico EXTREME) era o padrão, apresentando sobrevida global mediana em 10,1 meses e taxa de resposta de 36%”, afirmou Brito.

A publicação dos primeiros resultados do estudo KEYNOTE-048, em 2019, transformou o tratamento padrão para doença metastática e recorrente, segundo Fernanda Bohns Pruski Ramos, oncologista do OC Centro de Oncologia HSL PUCRS, clínica do Grupo Oncoclínicas no Rio Grande do Sul: “Isso mudou o tratamento porque observamos um benefício em sobrevida global quando adicionamos a imunoterapia (nesse caso, o pembrolizumabe) à platina e ao fluorouracil”, afirma.

Acesse o nosso site e conheça todos os detalhes do estudo KEYNOTE-048, apresentado no Congresso Virtual da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), em setembro.

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