Não há relação entre gengivite e câncer de boca. A gengivite é uma inflamação da gengiva causada principalmente pela proliferação excessiva de bactérias. Outras causas possíveis são má oclusão dentária, presença de tártaro, cáries, tabagismo, baixa produção de saliva e exposição a produtos químicos. Quando está em fase inicial, provoca vermelhidão, dor e sangramento próximos aos dentes. Já em estágios mais avançados pode evoluir para o acometimento do osso e perda dentária. O câncer de boca, por sua vez, é uma doença que acomete mais homens do que mulheres, com idade superior a 40 anos e está relacionado a comportamentos de risco, como tabagismo e etilismo, por exemplo. Quando detectado em estágios precoces pode ser tratado cirurgicamente, com quimioterapia e/ou com radioterapia, exibindo índices de sucesso satisfatórios. Do contrário, nos casos em que o diagnóstico é prorrogado, essa moléstia pode ser fatal.
Não, isso não é câncer de boca. Esse problema é mais conhecido como cáseo amigdaliano, ou, do latim, caseum. Forma-se em cavidades existentes nas amígdalas e decorre do acúmulo de restos alimentares nesses locais, que entram em processo de decomposição por bactérias da boca. Essas massas esbranquiçadas possuem odor desagradável e podem ser expelidas durante a fala, tosse ou espirro. Elas afetam uma significativa porcentagem da população e, além de estarem relacionadas ao mau hálito, também podem causar sensação de corpo estranho na garganta, dor, vermelhidão e amigdalites de repetição.
Sim. O câncer de boca é uma doença séria que possui potencial real de metastatização se não tratado precocemente. E quanto maior for a lesão, mais demorado for o diagnóstico e início da terapia, maiores são as chances de a doença se espalhar por linfonodos e para outros órgãos, como pulmão, fígado e ossos, por exemplo.
Cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com o câncer de boca eram fumantes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Mas vale lembrar que a ingestão de bebidas alcoólicas e a higiene oral precária também estão associadas ao aparecimento da doença, além da presença de um vírus oncogênico chamado HPV (Human papilloma vírus).
Tanto o tabagismo quanto o etilismo são os maiores fatores de risco associados a neoplasias da cabeça e do pescoço e muitos anos de exposição a esses agentes são necessários para que eles promovam a doença. Entretanto, mais recentemente, vem ocorrendo uma alteração no padrão de comportamento da moléstia. A média etária dos pacientes está reduzindo e, atualmente, cerca de 30% dos portadores jamais foram usuários de álcool ou fumantes. Outro fator de risco tem sido claramente observado pelos pesquisadores: a infecção pelo vírus HPV (Human Papilloma Virus). Muitos pacientes com câncer da orofaringe, particularmente aqueles com doença nas amígdalas, ou na base da língua, possuem o vírus identificado no tumor. Sabe-se que sua transmissão ocorre por via sexual e que pessoas promíscuas e que praticam sexo desprotegido são mais afetadas. Dessa forma, pode-se afirmar que a pergunta acima faz sentido e que o contato com o HPV por meio de sexo oral desprotegido pode estar envolvido na iniciação de um câncer.