Sim. A prática do sexo anal é um dos fatores associados ao câncer de ânus. O risco de desenvolvimento da doença também está relacionado a algumas infecções, como HPV – papilomavírus humano e HIV, além de outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorreia, herpes genital e clamídia. Sendo assim é de extrema importância utilizar preservativo nas relações sexuais.
Não. O ingurgitamento, dor e sangramento das hemorroidas, o que chamamos de crise hemorroidária é, de certa forma, uma situação comumente enfrentada por muitas pessoas. Não há relação entre essa doença e o desenvolvimento do câncer de canal anal, muito embora os sintomas possam ser os mesmos. Caso apresente alguns dos sintomas acima expostos, procure um especialista para orientá-lo na condução do caso.
Na verdade, a diarreia é uma manifestação que pode representar desde doenças mais simples até quadro graves. É possível que o câncer de canal anal provoque alteração no hábito intestinal do paciente, levando tanto à diarreia quanto à constipação, mas os principais sintomas da doença consistem em dor, sangramento retal e sensação de presença de uma massa na região.
Em geral, o tratamento se baseia no uso de quimioterapia em conjunto com a radioterapia e possui duração aproximada de dois meses.
Uma primeira reavaliação clínica é programada para 6 a 8 semanas após o término do tratamento. Revisões trimestrais são aconselháveis nos casos em que a resposta foi satisfatória, ao passo que, nos pacientes que geram dúvida, um acompanhamento mais próximo, muitas vezes com biópsias, pode ser necessário. Na maioria dos casos a doença é curável e as chances de recidiva, ou seja, de o câncer voltar, no geral, são maiores nos casos em que o tumor inicial é muito volumoso, ou já quando há acometimento dos linfonodos.
Em algumas situações não é possível tratar a doença de forma conservadora e uma abordagem cirúrgica torna-se necessária. Quando isso ocorre, os músculos do esfíncter anal, que controlam a continência fecal, são removidos e torna-se difícil restabelecer a ligação da porção terminal do intestino em sua posição original. A alternativa encontrada para solucionar esse problema é a realização de uma colostomia, que nada mais é do que um desvio do trânsito intestinal. Ao invés de o bolo fecal ser transportado ao longo de todo o intestino grosso e ser eliminado na região anal, ele será eliminado em um ponto anterior, por uma abertura confeccionada no abdome do paciente. Na prática é um procedimento bem simples, que proporciona boa qualidade de vida ao paciente. Se tiver outras dúvidas, procure a orientação de seu médico.