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Nutrologia

A nutrologia estuda os nutrientes dos alimentos e seu impacto no organismo. Na oncologia, o nutrólogo acompanha a dieta do paciente, cujo tratamento tem efeitos colaterais que afetam a absorção de nutrientes e alteram o metabolismo. Saiba mais.
Nutrologia

A Nutrologia é a especialidade médica que estuda os nutrientes dos alimentos e seus impactos no organismo. Essa especialidade avalia os benefícios e malefícios causados pela ingestão dos nutrientes, de modo a auxiliar na manutenção da saúde e na redução de riscos de doenças. O médico especialista nessa área é o nutrólogo, responsável pelo diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças relacionadas à falta ou excesso desses nutrientes. Ele pode diagnosticar e tratar, por exemplo, obesidade, hipertensão arterial e diabetes. Além disso, pode identificar possíveis erros alimentares e de hábitos de vida, promovendo mudanças importantes em benefício da saúde.

Na oncologia, a atuação do nutrólogo é extremamente importante, uma vez que pacientes com câncer tendem a perder peso e, por isso, apresentar deficiências nutricionais. Isso acontece porque, ainda que eles sofram uma demanda metabólica aumentada, geralmente ocorre uma redução relevante do apetite. Há, ainda, alteração do paladar, além de efeitos colaterais ao tratamento, como náuseas e vômitos, que contribuem para perda de peso acentuada. 

Nesse sentido, o acompanhamento do nutrólogo contribui para promover ganho de peso e recuperação do estado nutricional, que é fundamental para boa evolução do tratamento oncológico. Os objetivos dos médicos que trabalham com a nutrologia são conhecer e mostrar as funções básicas e fundamentais dos nutrientes no crescimento, desenvolvimento físico e mental e prevenir doenças crônicas, além de garantir a saúde e qualidade de vida dos pacientes. 

A diferença entre o nutrólogo e o nutricionista 

É muito comum haver uma confusão entre o papel do nutricionista e do nutrólogo. Enquanto o nutrólogo, com formação médica, visa avaliar, por meio de exames médicos, a saúde do paciente e oferecer orientações para uma alimentação mais equilibrada e para a preservação da saúde, o nutricionista, formado em nutrição, monta uma dieta individualizada, corrigindo as proporções dos nutrientes ingeridos.  Portanto, é muito comum que os dois profissionais trabalhem em conjunto.

Ainda que sejam profissionais de especialidades distintas, nutrólogo e nutricionista, juntos, são responsáveis por definir o estado nutricional do paciente em tratamento, assim como sua antropometria. Com essas informações, é possível definir o volume energético e proteico adequado para a recuperação do paciente durante a terapia e estabelecer o cardápio a ser seguido, respeitando preferências individuais e o comportamento de sua doença. 

O nutrólogo também vai orientar o paciente em relação a seus hábitos alimentares, como frequência das refeições, alimentos que devem ser incluídos ou evitados e até mesmo cuidados com a hidratação, tudo levando em consideração o estágio da doença e do tratamento. 

O tratamento oncológico pode ser extremamente desgastante para o paciente, e, sendo assim, o nutrólogo atua também como um profissional muito importante para indicar a melhor forma de minimizar efeitos colaterais da quimioterapia, radioterapia e do avanço da desnutrição. Com mudanças na alimentação e o uso de suplementos, é possível minimizar sintomas como náusea, vômitos, sensação de fraqueza e irritações na região da mucosa e da boca. 

Prevenção

Ao ser responsável também pelo tratamento de doenças relacionadas à alimentação, como obesidade, o profissional da Nutrologia tem um papel fundamental na prevenção de casos de câncer. De acordo com Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), hoje a obesidade é vista como um dos principais fatores de risco para a doença. 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam, ainda, que 13% dos casos de câncer no Brasil são atribuídos ao excesso de peso. O excesso de gordura corporal representa risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer, como esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo.

Isso acontece porque o excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumenta os níveis de hormônios no corpo que promovem o crescimento de células cancerígenas.  

A prevalência do excesso de peso corporal tem aumentado nas últimas décadas no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada em outubro de 2020, em 2019, 55,4% da população adulta estava com excesso de peso. Isso provoca impactos diretos no SUS. Dos R$ 3,4 bilhões gastos pelo SUS em 2018 com o tratamento oncológico, R$ 1,4 bilhão (ou 41,1%) foram em terapêuticas contra cânceres associados ao excesso de peso, principalmente tumores malignos de mama, intestino grosso (colorretal) e endométrio.

Fontes

https://abran.org.br/

SCIELO, Nutrologia, especialidade médica https://www.scielo.br/j/ramb/a/fNjNwbCMp3CknGXBRvRfgtw/?lang=pt 

Instituto Nacional do Câncer https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/rrc-38-artigo-cancer-e-obesidade-um-alerta-do-inca.pdf

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